sexta-feira, 4 de março de 2011

Mudanças: Uma constante em nossas vidas




De um modo geral, tudo na vida sofre mudanças. Os objetos diferenciam-se, as ações podem tornar-se não funcionais, os conceitos formados podem cair por terra levando o indivíduo a experimentar novas maneiras de pensar. Tudo, absolutamente tudo exige mudanças, a idade da pedra é passado hoje por conta das modificações ocorridas no ambiente de existência do homem. E assim com tudo o que está a disposição do ser humano sofre tais mutações, ele também é desafiado a ser uma, “metamorfose ambulante”, pois o principal fator de todas essas mutações é o próprio homem.
As tecnologias nos bombardeiam a cada dia, deixando todos nós cada vez mais exigentes no que se diz respeito as novas invenções do mundo moderno e o que é mais impressionante é a rapidez com que tudo acontece, podemos até entender isso quando Lulú Santos diz: ”[...]tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo[...]”, de fato, quando pensamos estar atualizados, já existem infinitas outras tecnologias a nossa frente, o que nos exige cada vez mais preparo para lidar com elas.
Se tudo evolui, a educação deve sofrer revoluções proporcionais, no entanto o que vemos é um paradoxo, pois no sistema educacional, que é onde deveriam ocorrer as primeiras “boas mudanças” é justamente onde ocorrem as maiores “fobias da evolução tecnológica”, pois o que temos são colegas que, ou por um certo “atraso” no conhecimento dos novos métodos ou pelo simples fato de estarem bem acomodados utilizando as mesmas metodologias de “séculos” atrás, privam seus alunos de um conhecimento significativo para suas vidas.
O choque deve ter sido grande quando trocou-se o rolo de papiro pelo livro impresso, a final, dá muito mais trabalho passar páginas do que as desenrolar, no entanto, geralmente, na educação, o que dá um pouco mais de trabalho, seja pelo planejamento, ou pela própria logística, como é o caso da informática na educação, dá também mais resultados em sala de aula.

No âmbito da Educação Matemática, ainda vemos certa aversão à utilização do computador para se ensinar conteúdos da disciplina, pois apesar de estarem altamente ligadas, ainda se faz imprescindível a presença do intermediário entre a matemática e a informática, que é o profissional da educação, pois este pode sim evoluir, porém, jamais se tornará obsoleto com o advento das tecnologias, sejam elas quais forem.
Algumas perguntas que não querem calar, quando se fala em educação são: Será que estamos criando um ambiente propício à aprendizagem de nossos alunos? Será que ficarmos detidos à sala de aula, garante aos nossos alunos um ensino de qualidade? É apenas com o quadro-negro e com o giz que se ensina matemática? Obviamente, jamais defenderemos a abolição de instrumentos como o quadro negro da sala de aula, todavia, uma boa proposta seria criar para o aluno um ambiente inteligente e favorável a ele, tendo como apoio os materiais já utilizados nas aulas há muitos anos, e o laboratório de informática é, sem dúvida nenhuma um desses ambientes que facilita as funções, tanto do professor quanto do aprendiz.

Hoje sabemos que o conhecimento se constrói a partir das interações do sujeito com o meio físico e social que o cerca. A inserção de um ambiente computacional na escola segue essa linha conceitual. A ideia é que um ambiente inteligente deve formar cidadãos inteligentes (MACHADO & PEREIRA, 2008. p. 25).

Tanto o professor quanto o aluno devem estar à vontade no que estão fazendo, neste momento entra outra questão em jogo: As aulas onde o computador é utilizado deve ser atrativa. A máquina não deve servir simplesmente como reprodutora de filmes, músicas ou páginas de internet, deve ter um fundamento dentro de sua disciplina, o computador é um “meio” e não um “fim” no processo de ensino e aprendizagem. Mas ainda estamos em um processo de transição entre o tradicional e a modernidade na educação, o que não podemos é ficarmos parados, esperando que toda essa evolução nos “engula” vivos, e que acabemos por não ver esse grande acontecimento que é informatização na aprendizagem.
Portanto, fazer parte das mudanças é tão bom quanto necessário, nossos alunos estão cada vez mais exigentes, nossos “clientes” querem a cada dia ter mais razão. Ele saberá quando o professor domina ou não as tecnologias, e ele se sente seguro quando sente que seu mestre tem bom embasamento nessa área, pois quando ele precisar do computador e se deparar com qualquer dificuldade, ele saberá muito bem a quem recorrer. No entanto, se o aluno não enxergar a evolução tecnológica em seus professores, ele não terá a perspectiva de enxergá-la dentro de si mesmo. Devemos sempre estar um passo a frente de nossos alunos, pesquisar, estudar o novo. Isso sim irá garantir um ensino de qualidade em nosso país.

Calvino P. da Silveira Júnior
calvino.semec@hotmail.com

Boa leitura Colegas....

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