sexta-feira, 4 de março de 2011

O saber fazer matemático dos profissioniais em paragominas...

INTRODUÇÃO
A geometria, na opinião de muitos, é a ramificação mais nobre da matemática. De fato, entender a geometria como uma ciência, exige também, imaginação, uma vez que esta é estruturada em conceitos que não tem uma definição e que não podem ser demonstrados: PONTO, RETA e PLANO, os quais denominamos “entes geométricos primitivos”, a grande questão é que, se não aceitarmos a existência dos elementos básicos da geometria como uma verdade, ela simplesmente também não existirá. No entanto, é impossível observar o mundo e não enxergarmos a geometria acontecendo em todos os lugares e a todo o momento.
Não há melhor lugar para se demonstrar a geometria do que no dia-a-dia, é lá que se pode entender que esta ciência realmente existe e que é de suma importância para as construções civis, elétricas de decorações e etc. A própria natureza age conforme leis matemáticas e geométricas, o fato é que, a geometria, quando é bem aplicada às necessidades básicas que o homem tem de evoluir cada vez mais, nos mantém livres do caos, dos desastres, da insegurança e ainda embeleza nossa visão com suas formas magníficas.

Atividade 5:
Questão (e):
Observe as formas geométricas das grades de portões e dos telhados das casas e, em seguida, pergunte aos serralheiros e carpinteiros por que essas formas geométricas estão presentes nessas estruturas.
Na primeira fase da pesquisa, foi entrevistado o serralheiro, Sr. Francisco*, e foi perguntado a ele, o porque das formas geométricas (desenhos, que é o termo utilizado pelos serralheiros), estarem presentes nas estruturas como portões e grades. Ele respondeu que os diferentes tipos de desenhos podem ter duas finalidades: A primeira é que em alguns casos, servem simplesmente para enfeite da grade. E a segunda, é que esses “desenhos” servem para enfeite e também para a segurança da estrutura.
Perguntei a ele se após eu fotografar algumas obras de serralherias já utilizadas nas casas, ele poderia explicar a função de cada desenho. Ele concordou, então, trouxe algumas fotos e o Sr. Francisco deu as características de cada uma:


Fig. 1: Grades e portões das residências de Paragominas.
(Foto: Calvino Júnior)

*Os nomes aqui utilizados não são os verdadeiros, para que sejam resguardadas as identidades dos entrevistados.

Essa Grade, segundo o Sr. Francisco Não oferece muita segurança, pois não tem nenhum desenho que liguem uma barra a outra, sendo assim fácil de entortar, ela também é fácil de ser serrada, pois o material não é maciço, na sua opinião deveria ter no mínimo uma barra que “cruzasse todas as outros ao meio”, que geometricamente seria uma outra barra que passe pelo ponto médio de cada uma sendo esta perpendicular a todas elas.


Fig. 2: Grades e portões das residências de Paragominas.
(Foto: Calvino Júnior)

Neste caso, temos um exemplo de grade onde as formas, servem apenas como enfeite e não oferecem segurança alguma para a estrutura. Segundo o profissional, deveria existir mais uma “fileira” de circunferências para tornar a estrutura mais rígida. Ele nota até mesmo que há vergalhões tortos e que não é difícil distanciarem-se entre si, se forem forçados.


Fig. 3: Grades e portões das residências de Paragominas.
(Foto: Calvino Júnior)

Neste portão, as circunferências, segundo o serralheiro, servem como enfeite e também exerce um papel na segurança, uma vez que liga um vergalhão a outro tornando assim a grade mais rígida e portanto, segura.
Na segunda parte da pesquisa, foi entrevistado um carpinteiro que estava fazendo o telhado de uma casa, então perguntei a respeito do espaçamento entre as peças de madeira presentes na estrutura:


Fig. 4: “emadeiramento” de uma casa em construção.
(Foto: Calvino Júnior)

Segundo o Sr. Sebastião os componentes do “emadeiramento” do telhado são: As peças, que são as partes mais grossas. Os caibros que são partes com dimensões intermediárias e as ripas, que são partes finas da estrutura.
As peças, caibros e ripas, são paralelos entre si, formando sempre um retângulo, pois uma dá apoio para outra, e a função principal é a de dar apoio para as telhas.
As distâncias existentes entre as peças, caibros e ripas, são de 1,5 m, 50 cm e 25 cm respectivamente, podendo acontecer casos particulares:


Fig. 5: “emadeiramento” de uma casa em construção.
(Foto: Calvino Júnior)
Neste caso, como os caibros são bem mais grossos que os “tradicionais” não há necessidade das peças serem colocadas a uma distância de 1,5 m uma da outra, e sim de 4 m de distancia que é totalmente seguro para estrutura.

CONCLUSÃO
O trabalho dos profissionais que mesmo sem o conhecimento teórico da geometria a utilizam de forma impressionante, é muito importante para o desenvolvimento da sociedade em que vivemos, pois nossa segurança e qualidade de vida, depende em parte dessas pessoas. O ofício dominado por esses “práticos”, nada mais é dos que a maneira mais real de se demonstrar leis e teoremas e aplicarmos conceitos que só podem existir fora da imaginação matemática quando passamos a vivenciá-los em nosso dia-a-dia.

Calvino Júnior...
Boa Leitura Colegas....

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